Horário de almoço.
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias
Toffoli, abriu a sessão com breve e velho discurso sobre violências e tragédia, em
menção ao ocorrido em Suzano. "Não podemos aceitar que o ódio entre em
nossa sociedade." Isso e outras coisas não me saíram da cabeça.
A vaidade profissional, natural de quem ocupa cargo de poder, não deixa servidor de destaque ver que o país mudou, a realidade é outra.
"Violências como essa não fazem parte da nossa cultura."
Será mesmo?
Há muito tempo a violência faz parte da cultura do nosso país. A
covardia e o desespero vão mudando a cara, deixa de ser um grito silencioso,
simples assim. Logo teremos uma violência típica, exclusiva, com a cara do
Brasil sitiado e globalizado.
Entre as afirmativas do seu discurso, nas pausas, ensaiadas, de silêncio e marcescível expressão de comoção, o juiz poderia abrir espaço para um relevante e profícuo debate: segurança pública, responsabilidade do poder judiciário e responsabilidade social. Visitas ao palco de tragédias e palavras de condolências e solidariedade não atendem às necessidades de uma nação que clama por atitudes de benefício e respeito.
Entre as afirmativas do seu discurso, nas pausas, ensaiadas, de silêncio e marcescível expressão de comoção, o juiz poderia abrir espaço para um relevante e profícuo debate: segurança pública, responsabilidade do poder judiciário e responsabilidade social. Visitas ao palco de tragédias e palavras de condolências e solidariedade não atendem às necessidades de uma nação que clama por atitudes de benefício e respeito.
"A juventude traduz futuro e esperança." Aonde?!
Pergunto a mim, e aos excelentíssimo, senhoras e senhores, onde falhamos, o que e onde omitimos e deixamos de fazer, e o que podemos fazer de imediato para evitar horrores como esse.
A verdade é que, a juventude não tem esperança, não enxerga futuro porque não existe horizontes; além do que se vê abandonada, em descaso, ignorada pelo poder público e pela sociedade. Têm-se apenas um “se vira!”, “acredita!”, “FODA-SE!”.
O almoço fica indigesto. Volto para o trabalho.
As reformas, trabalhista e da previdência, são provas atuais de atos cruéis de desrespeito e desumanidade. Amanhã veremos tragédias iguais dentro de empresas privadas e estatais. Principalmente estatais de economia mista.
Você, excelentíssimo, e eu, e o dono do
mercadinho, dormiremos de consciência tranquila? Não. Não se ainda formos
humanos.As reformas, trabalhista e da previdência, são provas atuais de atos cruéis de desrespeito e desumanidade. Amanhã veremos tragédias iguais dentro de empresas privadas e estatais. Principalmente estatais de economia mista.
Pronto falei!