Acabou-se o leito do
rio
_ nosso pequeno
riacho _
E lá se foram todas
as bromélias
Arrastadas rio
abaixo.
E o ninho de Guaxo?!
Tinha filhotes.
Quem viu, viu; não
os vereis jamais.
Foram levados pela
enxurrada de lama
Do estrato ferroso
das minas de Minas Gerais
Ai, acabou-se o
leito; acabou-se o rio
Acabaram-se os
quintais.
E os nossos
sobreviventes
_ sim, hão de
sobreviver à dor!_
Ao tocar adiante a
vida, contarão histórias,
Porque uma tragédia
nunca é esquecida.
Enfim, contarão
histórias verídicas
Dos entes seus e de
outras famílias.
E alguém há de se
lembrar das bromélias
Dos beija-flores, do
guaxe, dos destroços…
Será que alguém viu naquele carvalho,
Aquele dia,
Naquela manhã
As novas orquídeas?…
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