Minas tornou-se um
mar de lama,
Castigada pela
maldição do minério.
Vale tudo nos vales
de Minas, porém
Nada vivo tem valor
sobre a terra.
Incêndios, tratores
rasgando as serras
Causam angústia,
dor, aflição de cemitério.
Aonde antes havia
curió, suçuarana, quenquém
Nada canta, só tem
feridas _ mazelas do império.
Ouro Preto, Itabira,
Congonhas, Santana,
De belas artes
barroca e contemporânea,
Guardam bons causos
de poetas, nativos e doutras bandas.
Mas o retrato de
Minas são os rios, serras, belas cachoeiras
_ belas estâncias
_;
Entanto, de ali:
Ipatinga, Brumadinho, Mariana, hoje
O cenário é de
grande tragédia, pesadelo;
Aonde, antes, era
humanidade, esperança, novenas _ muita reza e riqueza _,
Instalou-se a
corrupção, a bolsa, a ganância, a frieza mundana
E Minas sufocada
está num imenso mar de lama.
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