Dor física, dor moral, dor psíquica,
Fios do mesmo nó
Dor que se tece e se torce,
Sobrenatural, inimiga do espelho;
Força pesada que a nós nos deixa
de joelho.
Três dores me maltratam...
Dos males o pior: a dor de cotovelo.
Dores que se fundem, se tecem, dão nó
E formam esse novelo.
Dor fulgurante
Logo se espalha, se esconde
E em dor diversa se faz;
Silenciosamente fere, maltrata;
Não se sabe exatamente aonde
Se vai fica, tira-nos a paz.
Dor surda, cansada,
É a minha dor por ela, por ti,
Por nada.
Névoa se decompondo e se refazendo
Luta de titãs, sol e nevasca
Degelo no coração,
Aflição, agonia, ansiedade e
calma.
O vento que venta forte destelha destinos,
Revela a posse da alma.
Alma nua, joia púrpura,
Flor
perene à beira da estrada.