Não importa a cor do pássaro e sim o seu canto.
Antes
de abrir os olhos ainda ouvia o silêncio como uma voz harmoniosa dentro mim
juntando-se a outras vozes em coro, o que eu entendia ser o som do cosmos.
E veio um movimento seguido de um som externo, do homem, e me despertou.
E veio um movimento seguido de um som externo, do homem, e me despertou.
Ainda
antes de abrir os olhos ouvi ruídos. E veio o primeiro pensamento: a imagem
dela, o seu nome, a lembrança luminosa do sorriso, da voz soando como doce
melodia.
A vida se iluminou. A vontade de vida correndo pelas veias como
energia quente que acelera o coração.
Aí
veio o som exterior, compromissos, o ruído do homem. E outros pensamentos
ocuparam o vazio que não era vazio; era espaço essencial para que houvesse
harmonia.
E eu abri os olhos, não obstante via bem menos que antes. Nada.
E de olhos abertos orei. Deixei água cair nas mãos em concha e depois banhei o rosto. Quase reconheci a imagem do espelho. Concentrada, quase carrancuda, casmurro, forçando um sorriso que não vingou.
E de olhos abertos orei. Deixei água cair nas mãos em concha e depois banhei o rosto. Quase reconheci a imagem do espelho. Concentrada, quase carrancuda, casmurro, forçando um sorriso que não vingou.
Aí um pássaro cantou na janela.
Fui abri-la. E sem sentir os meus passos movi a persiana.
Fui abri-la. E sem sentir os meus passos movi a persiana.
A
ave replicou o canto. O sol invadiu a casa. Então percebi o sentido da vida.
Que seja esse o canto da manhã. Paz!
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