Tudo que me lembro, de antes,
é de ter me
esquecido de tudo.
Como se houvera
parado o tempo
Naquele instante de
breve silêncio
que sutilmente nos
tocamos.
Acho que Deus estava presente;
pois havia uma
energia incomum,
um calor estranho,
ardente, intenso,
queimando, correndo
nas minhas veias;
E algo me deixou suspenso,
leve,
Como aranha
flutuando, presa
num só fio da sua
teia.
Feche os olhos, meu amor, feche
os olhos
Ignore meu gemido
pense que vem do
mar essa onda, esse perfume,
Esse ar umedecido.
Deixe escorregar pela face meus
lábios sedentos
deixe-os beijar
beijos agora soltos
fazer carinhos
afoitos
ou em total
desalento.
Deixe minhas mãos abrir caminho
devagar
decorando percursos
e o momento
E os dedos vagarem
por orifícios
descobrir fontes de
pensamentos.
Feche os olhos, meu amor, feche
os olhos.
Esqueça meu gemido
Esse suspiro
cortado;
É o cheiro
inebriante do teu perfume oculto,
agora revelado.
Agora, muito mais que antes, é
teu
somente teu o meu
amor,
amante eterno e apaixonado...
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