Rasguei
minhas cartas suicidas
Recolhi
a corda, joguei a cadeira fora;
Pontuei
com reticência a última palavra
Para
que não me matem antes da hora.
Os
puritanos se deleitam em mutilar desejos
Do
homem
Com os
quais se atormentam por não poder gozá-los
Ainda
vivendo.
Mas eu
me recuso a morrer antes do tempo,
Com
fome
Pois quero
antes deliciar do fim o orgasmo pleno .
Teus
lábios, minha cereja
A língua
tesa na membrana, arde
Lambe
do escroto à cabeça
Igual
a sorvete de chocolate.
Chupa...
beija, lambe, chupa...
Esconde
inteiro na boca, ansiedade louca
E a
gente confunde prazer e dor
E toda
angustia que o sexo oculta.
A
gente se esquece enquanto se funde
O
chocolate aquece e derrama igual a chantili
Eu
amoleço e você amolece,
Mas o
clitóris se aborrece implorando o fim.
Teus
lábios, minha cereja, tudo é teu e meu,
Gozo
soberano
Entrada
e ceia no banquete profano
Nos
leva aos céus, em doce abandono.
Mas antes,
mais um deleite, beijos,
Depois
sono.
Podemos
ficar assim, adormecidos,
Esperando
o recomeço ou novo fim.
Bom
demais ejacular o orgasmo mundano,
Na
cara do mundo orgulho, somos sujos,
Divinamente,
porém, somos humanos.
Eu
gozo, tu gozas, nós gozamos...
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