O voo
Ao ser
tocado por aquele olhar envolvente
De tão
intensa ternura
O corpo
inteiro estremeceu
E de
dentro o Eu desperto mansamente grita:
"Eis-me
aqui!"
E eis que
Ele sou eu.
E
curvando-se ao amor
O
horizonte se abre revelando cores jamais vista
E entre o
céu e a terra tanta ternura já não cabe
E o
pássaro voa jubiloso pela conquista.
Liberta alma
deleita-se sob a luz
Em êxtase
voa num sonhar quase infinito
Sem
saber-se ainda alegre ou triste
Ensaia o novo
canto
No silêncio
do próprio grito.
Sabendo-se,
pois, que existe céu
E amar é
sonhar sem limite
Ciente
que precisa voar
Porque o
templo do amor existe.
Mas
sonhar não é o bastante
E voando
só não se alcança o paraíso
É preciso
pureza e doçura em voo rasante
É preciso
ter fé na loucura e, da loucura não ter juízo.
A face do
amor é a tua face
Tem a
mesma ternura e brilho
A face do
amor é Divina e humana
Senão não
seria amor, seria apenas Divino brilho.
A face do
amor tem beleza e perfume
Mas
também cansaço de peregrino.
A face do
amor é a tua face
E tem o teu nome...
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