Espalhei pétalas de rosa sobre a cama
Deixei champagne no gelo
Usei o melhor perfume
E até decorei um verso do seu poema
favorito, e agora o leio:
"o amor é fogo que arde..."
E à meia luz, ouvindo uma música suave esperei, esperei... e você não veio.
E à meia luz, ouvindo uma música suave esperei, esperei... e você não veio.
A mesa ainda está posta, a cama
feita;
E, admito: “a poesia é algo belo, ao
mesmo tempo íntimo e alheio”.
E pesando sua ausência e refletindo seu
valor percebo:
"amor é fogo que arde sem se
ver", e não queima;
É fome e é banquete;
E que essa saudade é falta do que se
tem,
Não do que se perdeu;
Saudade é falta da presença que,
Embora distante do seu riso, do seu
brilho...
O, você, amor se faz presente não
quando mais quero, e sim,
Sempre e quando mais preciso.
É isso.
É isso.
E enquanto te espero...
Um pouco de Camões:
"Amor é fogo que arde sem se ver
Amor é fogo que arde sem se ver; É ferida que dói e não se sente; É um contentamento descontente; É dor que desatina sem doer; É um não querer mais que bem querer; É solitário andar por entre a gente; É nunca contentar-se de contente; É cuidar que se ganha em se perder; É querer estar preso por vontade; É servir a quem vence, o vencedor; É ter com quem nos mata lealdade. Mas como causar pode seu favor Nos corações humanos amizade, Se tão contrário a si é o mesmo Amor?"
Luís de Camões
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