Espere, por favor! Espere.
Se cheguei tarde ou cedo, não sei.
Mas estou aqui e vejo
O teu olhar, desejo,
Riso, que também é beijo,
A beijar-me você
Nos meus lábios sedentos.
_ Assim que a vi a amei _
Se cedo ou tarde, não sei.
Coroai-me,
Flor
menina,
Coroai-me.
Enquanto
a sós, Ana, coroai-me.
Coroai-me
com teu olhar
Mesmo
que seja um olhar furtivo;
Mesmo
que seja apenas um flerte
Desses
que nos deixa inibidos e cheio de dúvidas;
Desses,
que nos faz suspirar sem razão.
Simplesmente
por ser esta razão superior e mais pura, inalcançável ao nosso entendimento.
Um
flerte!... Desses que por si sacodem o silêncio com voz de trovão
E
somente a alma o ouve como fosse melodia.
Coroai-me,
flor menina, nessa noite,
Coroai-me
com teu sorriso
Com
esse sorriso que só teu olhar possui.
Corroai-me
de pétalas
Essas
pétalas que como raios escapam dos seus olhos e clareia meus dias.
Ah!
Essa esperança...
Essa
esperança oblíqua
Nessa
espera iníqua
Nesse
desejo profundo,
Sobrevivente
das malícias do mundo;
De
sentimentos profanos e imundos,
Que
condenam a beleza da inocência de um sentimento tão puro.
Coroai-me,
nessa noite, flor menina,
Com
tua presença e teu riso discreto e tímido...
Não se
perturbe por mim, não por mim;
Apenas
fique, aqui, quieta como sempre, dentro de mim, secreta.
Mas
com certeza a minha noite se iluminará.
E
deixe que meus olhos guardem n’alma toda tua sublime essência
Como
lembranças e espanto de um eclipse.
O teu
olhar e no meu olhar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário